Crise?

Era um início perfeito, vivia-se ainda a lua de mel após o título da Champions League, na pré-temporada os jovens despontavam com boas atuações, dando esperança mesmo com a janela de transferência pouco movimentada. Começaram as competições oficiais e o Madrid emplacava 9 vitórias consecutivas, independente da competição a vitória acontecia, título da Supercopa da UEFA, La Liga, UCL, com sofrimento ou goleada, os 3 pontos eram acumulados e a torcida festejava.

Com a falta de contratações de peso que costumam acontecer no Gigante Madrilenho se somando aos desfalques de início de temporada, a série de invencibilidade era muito mais do que o esperado, era a esperança de títulos querendo se concretizar. Bale, Benzema, Cristiano Ronaldo, Navas, Modric, todos ficando de fora de um ou mais jogos por causa de lesões e mesmo assim o time funcionava, e mesmo quando não ia tão bem assim conseguia vencer.

Mas eis que surgiria um obstáculo nessa caminhada. Não, não era o grande rival Barcelona, muito menos o rival da cidade, o Atlético de Madrid. Curiosamente a maior dificuldade que o Madrid enfrentou foi a triste coincidência do amarelo. Após vencer o Espanyol fora de casa por 2-0 em jogo válido pela 4ª rodada da La Liga, uma sequência de 4 empates, sendo 3 deles contra equipes que vestiam uniformes com predominância amarela(Villareal, Las Palmas e Borussia Dortmund) trouxe não só a má fase mas também a desconfiança em saber se o elenco era realmente capaz de aguentar toda a temporada.

Cristiano Ronaldo já voltava a jogar, Benzema também, na verdade o trio BBC chegou a estar completo em alguns desses jogos, mas não foi suficiente. Com Isco, James, Asensio, Morata no banco de reserva, o elenco madridista está longe de ser fraco, porém não se mostra suficientemente capaz de repor as peças titulares. Isso porque quando perde uma das peças do meio-campo formado por Casemiro, Modric e Kroos ou um dos laterais, sendo Marcelo ou Carvajal, o time enfrenta grandes dificuldades na criação de jogadas.

Mesmo com os desfalques de peso, coincidentemente ou não, as atuações abaixo da média começaram a acontecer quando Casemiro, eleito inclusive pelo técnico Zidane como o mais importante para o esquema do time funcionar tão bem, se machucou e ficou de fora.  Mas um clube grande com uma equipe forte como é o Real Madrid não pode ficar na dependência de um único jogador. A comissão técnica precisa trabalhar para solucionar a falta que o volante faz, os jogadores, experientes que são, podem e devem suprir essa falta. Resta saber como isso ocorrerá.

A data FIFA para os jogos das Eliminatórias da Copa da Rússia 2018 veio e essa pausa pode ser importante para que Zizou e sua comissão tenham tempo para trabalhar a estratégia do time, para que os atletas refresquem a cabeça dessa sequência ruim e também para que a torcida esteja mais esperançosa e menos duvidosa do rendimento da equipe no próximo jogo. No dia 15 o Madrid enfrenta o Real Bétis fora de casa e pode ser o início de uma recuperação.

Los Blancos são gigantes e não se renderão à esta fase ruim.

Hala Madrid!