Efeito Zidane : menos dinheiro e mais resultado

Após notório desempenho como jogador do Real Madrid entre 2001 e 2006, Zinédine Zidane, um dos maiores jogadores de todos os tempos, também queria deixar seu nome na história do clube, agora como treinador. Começou dirigindo o Real Castilla, o conhecido Real B e, logo após a demissão de Rafa Benítez, assumiu a equipe principal.

Era Zidane ( treinador)

Temporada 2015/16

Quando chegou muita coisa não estava nos conformes, além de ver a disputa pela La Liga na temporada 2015/16 praticamente perdida para o arquirrival Barcelona, o francês tinha a missão de transformar o poderoso Real Madrid no maior time da Europa. No momento, o Barcelona havia acabado de vencer a triplete na última temporada. Isto é, venceu na mesma época o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e a Liga dos Campeões. Seria então mais um ano de soberania catalã ?

Bom, tudo que parecia difícil, no final acabou sendo motivo de muitas alegrias para o clube mais vencedor da história do futebol. Além de um campanha de recuperação extraordinária no Campeonato Espanhol, terminando a apenas um ponto do Barcelona, o Real Madrid sagrou-se campeão da Liga dos Campeões da Europa batendo um dos maiores rivais, o Atlético de Madrid. Nada mal, hein ?!

Temporada 2016/17

E não parou por aí. A segunda temporada do ídolo francês pelo time madrilenho reservava ainda mais emoções para seu torcedor. Isso porque, a equipe venceu novamente a UCL, chegando a doze conquistas da competição, e, ainda por cima voltou a vencer o campeonato nacional. O Real chegou ao 33º título espanhol, o maior vencedor do país. A última vez que a equipe havia conquistado esta competição havia sido na temporada 2011/12, quando a equipe ainda era comandada por José Mourinho.

Segredos para o sucesso

Tradicionalmente conhecido como um dos clubes mais poderosos do mundo, tanto no sentido de tradição, como no sentido de dinheiro, o Real Madrid mudou radicalmente sua forma de constituir um grande time. O dinheiro já não era mais prioridade, mesmo que os objetivos de títulos ainda eram os mesmos. Fazia muito tempo que o clube não gastava tão pouco em uma janela de transferências, como foi com Zidane.

O treinador francês demonstra valorizar muito o que já tem em mãos e fez boas apostas em nomes pouco conhecidos pela Espanha e resto do mundo. É o caso de Asensio, o meia-espanhol que defendeu o Espanyol na última temporada e chegou ao Real Madrid como reserva, mas aos poucos se tornou um dos grandes pilares do time, chegando inclusive à Seleção Espanhola. Outro bons nomes que chegaram com o aval de Zidane foram : Varane ( zagueiro), que surgiu no Lena-FRA e que hoje já defende à Seleção Francesa, Lucas Vásquez (meia), Casemiro (volante) e Morata ( atacante), atualmente no Chelsea, mas que teve grande importância na última temporada para os merengues.



Na atual temporada outros jovens valores chegam a baixo custo, mas com grande expectativa de torcida e diretoria, são eles : Jesús Vallejo , jovem zagueiro de 20 anos que pertencia ao Zaragoza e se destacou no último mundial sub-19, Théo Hernández ( lateral-esquerdo), que pertencia ao Atlético de Madrid, mas estava emprestado ao Alavés, Borja Mayoral (atacante) emprestado ao Wolfsburg, mas já atuou pelo Real Castilla, sendo um jogador conhecido de Zidane e Dani Ceballos ( meia) que veio do Bétis e foi um dos grandes destaques do último mundial sub-21 pela Espanha.



Resumidamente, Zidane preza pela juventude. Gosta de atuar com jovens jogadores, pois investe nas categorias de base, tem visão para bons nomes, inclusive do mercado nacional e tem feito o clube  perder o rótulo de gastador, não deixando o rótulo de vencedor. Zidane foi o único treinador da história a conquistar o feito de vencer consecutivamente duas Liga dos Campeões da Europa. Tá bom ou quer mais ?