A Por La Duodécima
Desde que a
Uefa Champions League passou a ser disputada nesse novo formato, em 1992, nunca
um clube foi campeão duas vezes seguidas.
E foi com esse peso que o Real
Madrid entrou em mais uma temporada. Com o time praticamente inalterado, Zidane
tinha a oportunidade de comandar a equipe desde a pré-temporada, e isso era um reforço.
Sendo o maior vencedor da competição com 11 títulos, e atual campeão, o Real Madrid era ainda mais “o time a ser batido” nesta temporada. E já na primeira fase a dificuldade se fez notável. Com um grupo relativamente fácil, a equipe merengue era a favorita pra ser líder, com o Borussia Dortmund (ALE)em segundo. Sporting (POR) e Legia Varsóvia (POL) brigariam pela terceira colocação e a vaga na Uefa Europa League.
Porém não
foi isso que se viu. A primeira partida, contra o Sporting, marcou o reencontro
de Cristiano Ronaldo com sua ex equipe, mas também ficou marcada pela
dificuldade pra conseguir a vitória. Com gols nos instantes finais da partida
(Ronaldo aos 89’ e Morata aos 95’), o Madrid conseguiu a virada que salvou de
uma estreia vexatória. Na segunda rodada, a partida mais difícil do grupo.
Enfrentar o Borussia Dortmund na Alemanha é sempre um desafio enorme. Os gols
de Ronaldo e Varane deram o empate diante de um domínio alemão. Outro bom
resultado, mas conquistado com sufoco.
O duelo com
o Legia, enfim, mostrou o Real Madrid que todos esperavam: domínio blanco, e
goleada! Bale, Asensio, Lucas Vázquez, Morata e Jodlowiec (contra), marcaram no
5 a 1 que mostrou um time com muito mais vontade. Mas, claro, contra um
adversário bem mais frágil. O jogo de volta, na Polônia, já foi totalmente
diferente. Apesar de sair vencendo e abrir 2 a 0 com Bale e Benzema, o Real
Madrid se desligou e cedeu a virada dos poloneses. Kovacic a dois minutos do
fim salvou a invencibilidade e o ponto fora de casa. Com um jogo bem mais
controlado em Lisboa contra o Sporting, um vacilo quase comprometeu o
resultado, quando a 10 minutos do fim, os donos da casa empataram a partida,
após o gol de Varane que abriu o placar. Mas Benzema aos 87’, desempataria e
garantiria a vitória. Novamente o resultado conquistado nos minutos finais de
jogo.
E para
encerrar a fase de grupos, um novo empate por 2 a 2 contra o Dortmund, dessa
vez no Bernabéu, selaria o segundo lugar do grupo. Benzema marcou duas vezes,
mas outra vez o time relaxou e cedeu o empate. Nem o bom futebol, nem a
liderança do grupo vieram e os playoffs chegavam com ar de eliminação.
As oitavas
de final contra o Napoli, líder do seu grupo e apresentando um futebol muito
mais vistoso, parecia o fim da linha. E o gol de Insigne logo aos 8 minutos de
jogo deixaria a torcida ainda mais apreensiva. Benzema, Casemiro e Toni Kroos
marcariam os gols que dariam a vitória no Bernabéu, mas que não passariam
confiança para o jogo de volta, na Itália. Mas o pior não aconteceu. Um novo 3
a 1, com gols de Ramos, Mertens (contra) e Morata, confirmaria a classificação
para a sétima quartas de final seguida da equipe.
A essa
altura da competição, apesar da boa vitória sobre o Napoli, o futebol
apresentado pelo time era questionado. Cristiano Ronaldo, com apenas 2 gols na
competição, não estava em sua melhor fase, o que contribuía para os
questionamentos sobre o futuro merengue na competição.
Mas o tão
duvidoso futuro guardava ótimas surpresas. Só que o sorteio não foi tão bom assim
com o Real Madrid. Enfrentar um dos favoritos da competição não seria tarefa
fácil. A partida contra o Bayern München na Allianz Arena foi emocionante do
começo ao fim, com as equipes buscando o ataque com muita qualidade. Melhor
para o Real Madrid que tinha Cristiano Ronaldo. O gajo marcou duas vezes, dando
a vitória por 2 a 1 e levando a vantagem do resultado para o jogo de volta.
Jogo esse que seria bem mais complicado. Mesmo diante de sua torcida, o Real
Madrid levou se volta o 2 a 1, com Ronaldo marcando novamente o gol merengue.
Prorrogação e aflição. Mas novamente o português apareceria para decidir a
partida. Com mais 2 gols na prorrogação, Ronaldo marcava o hat-trick da
classificação para as semifinais. Asensio, já no finalzinho, definiria o 4 a 2.
Chegam as
semifinais e aí não tem o que escolher, qualquer confronto é barra pesada. E,
tirando a possibilidade de mais uma final entre Real e Atleti, o sorteio
definiu o derbi de Madrid para as semis. Diante de mais um confronto entre as
equipes na UCL, o que mais se falava era que “dessa vez o Atleti não perde”, “esse
ano o Atleti está melhor”, “em dois jogos o Atleti leva vantagem”. E essa foi a
tônica ANTES da bola rolar. Não fosse pela qualidade e a grande rivalidade do
duelo, poderia se dizer que tudo se definiu no primeiro jogo. Cristiano
Ronaldo, sempre ele, marcou mais um hat-trick, chegou aos 8 gols nos últimos 3
jogos e dava uma tranquilidade enorme para o jogo de volta, no Vicente Calderón.
Tranquilidade que foi por água abaixo já com 16 minutos de jogo, quando o
Atleti abriu 2 a 0 no placar. A tensão cresceu, a iminência da eliminação -
diante de um Real Madrid dominado em campo - era grande. Até que aos 42’, Isco
marcou o gol que forçaria os donos da casa a marcarem mais 3. Mas apesar de
todo o esforço, a equipe de Diego Simeone era mais uma vez eliminada pelo
grande rival.
Real Madrid
mais uma vez na final da maior competição de clubes do planeta. A terceira
presença nas últimas quatro decisões. O adversário, a Juventus, que perdeu a
final em 2015. Dia 3 de Junho o mundo vai parar para este grande jogo. Cristiano
Ronaldo e Real Madrid farão história? Buffon, enfim, conquistará o título que
falta na sua brilhante carreira? Cardiff espera por um grande jogo. Cristiano Ronaldo briga pela artilharia. Vamos
torcer para que saiamos com La Duodécima nas mãos!
Hala
Madrid!
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