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Real Madrid - Do Recomeço à Glória


A pré-temporada começou bem agitada, primeiro pela troca de técnico, já que Carlo Ancelotti não conseguiu grandes títulos e foi substituído pelo espanhol Rafa Benítez, segundo pela grande movimentação no plantel com as chegadas de Danilo, Kovacic e Kiko Casilla e as saídas de Khedira, Illarramendi, Chicharito Hernández e principalmente a conturbada despedida do ídolo Iker Casillas.
Com a falta de títulos e a grande movimentação nos bastidores não parecia ser uma grande temporada, e foi assim que começou, já com um empate sem gols contra o Sporting Gijón na primeira rodada da Liga. Apesar de um sequência de 5 jogos invicto, um novo empate por 0-0 com o Málaga e o empate por 1-1 no Dérbi de Madrid começaram a deixar a torcida desconfiada. À essa altura da temporada a UCL já havia começado e mais um empate sem gols, agora na terceira rodada da fase de grupos contra o PSG, indicava que os Merengues não chegariam muito longe. Mesmo depois de vencer os franceses no jogo de volta e encaminhar a classificação para as 8as de final, a derrota pro Sevilla e principalmente o vexame no El Clásico, quando perdeu por 4-0 em pleno Santiago Bernabéu faziam o time desacreditar do título e a demissão de Rafa Benítez começava a ganhar força entre a mídia esportiva em todo o mundo. Após a desclassificação da Copa Del Rey por causa da escalação irregular do atacante Cheryshev a situação do treinador ficou insustentável, tanto que nem os 8-0 em cima do Malmö pela UCL e os 10-2 no Rayo Vallecano conseguiram segurá-lo no cargo.


A virada do ano trouxe o anúncio de sua demissão e a efetivação de Zinedine Zidane no cargo. A chegada do ídolo francês trouxe um novo ambiente, foi notável a mudança de postura dos jogadores, a torcida passou a apoiar mais o time nos jogos, o que já ocorria com menos frequência diante das vaias e dos protestos contra Benítez. O que todos esperavam era que o Real Madrid iria deslanchar, mas apesar de algumas boas vitórias, no espaço de 2 meses os empates contra Betis e Málaga, ambos por 1-1, e uma nova derrota contra o Atleti, dessa vez em casa, mostravam que, apesar do time estar mais solto, mais feliz dentro de campo, os resultados continuavam longe do esperado. O avanço na Champions League eliminando a Roma davam ânimo à um time que se via sem esperanças de conquistar o campeonato espanhol, porém que teve suas esperanças renovadas pouco menos de 1 mês depois, quando de forma surpreendente vencia o rival da Catalunha em pleno Camp Nou, encurtando a diferença de pontos para apenas 7.


Com a classificação na UCL e a vitória no El Clásico o final de temporada prometia muito mais do que no começo de 2016 e nem a derrota na Alemanha para o Wolfsburg em jogo válido pelas quartas de final da Champions desmotivou o time, pelo contrário, uma semana depois, com atuação de gala de Cristiano Ronaldo marcando um hat-trick, despachávamos o time alemão e chegávamos à semi-final para enfrentar o Manchester City. Nesse confronto a história fez a diferença, eram 10 títulos de um lado contra um time inglês debutante em semi-finais de UCL, e com resultados de 0-0 e 1-0 o Real Madrid chegava à impensada final da UEFA Champions League. Na Liga a empolgação não era menor, pois a diferença de pontos chegava a apenas 1. Lutamos até a última rodada, ultrapassamos o Atletico, mas por apenas 1 ponto, infelizmente, não conseguimos o título. Porém o Gran Finale ainda estava por vir.


Após tantos altos e baixos, chegar à final da UCL não provava nada pois é um time acostumado a vencer a competição, e em se tratando de orçamento, enfrentar o Atleti era uma disparidade enorme, o que jogava toda a responsabilidade para o time de CR7, Bale, Benzema e companhia. O time de Simeone tinha eliminado Barcelona e Bayern München e saía de azarão para totalmente capaz de conquistar sua primeira taça da UCL. O jogo não foi fácil, como uma final/clássico indicava. O Madrid começou o jogo melhor fez o gol, mas no segundo tempo os papéis se inverteram e foi a vez do Atleti dominar e fazer o seu gol. Na prorrogação o cansaço impedia que boas jogadas de gol surgissem e o jogo foi para os pênaltis. Com a tensão e a responsabilidade, os craques poderiam decidir ou decepcionar, mas foi justamente um jogador experiente que errou uma cobrança; Juanfran desperdiçou o último penal para os Colchoneros e ninguém menos que Cristiano Ronaldo bateu o pênalti decisivo, dando o décimo primeiro título da UEFA Champions League para o Real Madrid.


Foi uma temporada complicada do começo ao fim, com polêmicas, desconfiança, mudanças, mas no fim o Real Madrid mostrou que é maior que qualquer fase ruim, que qualquer escolha errada, mostrou que é gigante diante das dificuldades e de qualquer adversário. Foi uma temporada para exaltar o poder dos ídolos, para dar confiança aos mais jovens e para ressaltar a força do Madridismo!
“A Por La Undécima” já virou presente e a ambição do maior clube de futebol do mundo não para por aí, que venha uma nova temporada, novos ídolos, novas conquistas, que venha o mesmo INCOMPARÁVEL MADRID de volta aos gramados!



Hala Madrid!

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